Degustando a Vida

Outono, excelente época para os tintos

Degustando a Vida - maio de 2017

Sabia que o Outono é a melhor estação para degustar bons vinhos? É o início de uma fase de transição dos extremos da temperatura entre verão e inverno. Época em que o vento sopra de forma diferente. As folhas perdem o verde e iniciam novo ciclo natural.
E entramos numa época boa para degustar bons tintos que são fermentados com a casca, daí a cor nos vinhos tintos.
Para o consumo e guarda, a “regra geral” é que o vinho tinto jovem deva ser consumido até os seus cinco anos de idade, para se aproveitar o frescor e a fruta. Já os vinhos tintos mais potentes, considerados “de guarda”, podem evoluir na garrafa por muitos anos, mas sou do tipo que mais de R$100 pratas numa garrafa só para quem entende. Corre o risco de achar tudo igual ou até pior.
Conhecem os nomes?
UVAS: As mais conhecidas e usuais no mercado são as seguintes: Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Pinot Noir, Shiraz ou Syrah, Malbec, Carmenere, Tannat, Tempranillo, Sangiovese, Pinotage, Nebbiolo. Petit Verdot e Touriga Nacional.
Mas, também existem diversas outras uvas tintas espalhadas no mundo, valendo frisar: Baga, Touriga Franca, Aragonês, Bonarda, Grenache, Barbera, Gamay, Mourvedre, Nebbiolo, Nero D´Avola, Primitivo di manduria, Carignan ou Cariñena, Tinto Cão, Tinto Fino, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Agiorgityko, Aglianico, Canonnau, Canaiolo, Cinsault, Corvina, Molinara, Rondinella, Dolcetto, Malvasia Nero, Mazuelo, Monastrell, Negroamaro, Pinot Meunier, Zinfandel, entre muitas mais.
Para os vinhos tintos, procure servi-lo numa temperatura média de 16ºC a 18ºC. Lembre-se, acima de 20ºC não fica legal. Por isso, se não tiver uma adega, não hesite em deixar a garrafa por alguns minutos antes na geladeira para dar uma resfriada, ou então, sirva-o num decanter sobre uma assadeira com água fria.
Tá tudo certo!

Segundo o sommelier da Decanter, Sidney Lucas, seguem algumas sugestões para a estação. Inicialmente ele indica o vinho francês Château Tour de Luchey 2013. A bebida traz o leve sabor frutado da amora, mesclado em ervas e chocolate, e combina perfeitamente com pratos como churrasco, pão árabe recheado com carne de cordeiro moída (temperada com cebola, tomate, zátar e hortelã fresca picada), ou até mesmo com angú à baiana e embutidos. Outra sugestão é o vinho branco Domaine Sigalas Assyrtico-Athiri 2014, que traz um sabor cítrico e levemente ácido. A bebida harmoniza com pratos mais leves, entre eles está a salada de feijões fradinhos e camarões salteados (temperados com azeite e manjericão), e também a culinária japonesa. Além disso, Lucas destaca ainda os espumantes para a chegada do outono. Para apreciar ao lado de aperitivos durante a tarde, indica o Araldica Asti Spumante. Cremoso na boca, suave e vivaz, pode ser apreciado ao lado de frutas frescas com nata. Além deste, o espumante Luigi Bosca Brut Nature também é uma excelente opção para os dias amenos da estação. “Esplêndido espumante com aromas frescos, que recordam maçã verde, pêssego, impressões cítricas e levemente tostadas. Elegante, equilibrado, seco, com espuma cremosa bem integrada. Harmoniza muito bem com pratos leves como os da cozinha japonesa”, ressalta Sidney.
Eu particularmente me arrisco a dizer que é a época do ano em que certos vinhos realmente se destacam, como por exemplo os brancos mais encorpados. Ao escolher vinhos durante o outono, pense em Viogner, Marsanne, Verdicchio, Pinot Noir, Dolcetto, Barbera, Nebbiolo e Tempranillo.

Luchey-2013
Mas não custa lembrar que, num país imenso como o Brasil, a chegada de determinada estação impacta muito mais em determinadas regiões que em outras. Isso, sem falar em quando parece que passamos pelas 4 estações do ano num mesmo dia. Aproveito para completar que o outono enriquece e intensifica sabores, tornando-os mais terrosos. Carne vermelha com vegetais, carnes de porco, e massas com molhos não muito espessos, como um caprichado molho à bolonhesa, são opções tentadoras nesse clima, tudo isso cai bem. Minhas dicas que cabem no bolso são: Gran Duca Chianti (750 ml) — de (não passa de R$65), vinho seco originário da Toscana, Itália. Produzido com as uvas da casta Cabernet Savignon e possui aromas de ameixas e cerejas.

O segundo é o Vidigal Reserva dos Amigos (750 ml) — não passad e R$50. Vinho produzido em Lisboa, Portugal, com uvas Tinta Miúda, Tinta Roriz e Castelão. Harmoniza bem com queijos suaves e cogumelos. Tim tim!
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