Salva-vidas voltam à cena

O que rola por aí? - junho de 2017

Seriado de sucesso dos anos 80 agora virou longa. SOS Malibu aqui no Brasil e Baywatch nos Estados Unidos entrou em cartaz com o grandão Dwayne Johnson ‘The Rock’ na pele de Mitch Buchannon, um salva vidas metido a detetive. No filme tem ainda  Zac Efron  que ficou famosos na franquia Disney ‘High School Musical’.  Na série de grande sucesso por aqui David Hasselhoff e Pamela Anderson faziam a alegria dos jovens que ficavam enfeitiçados com tanta beleza e inocência na época.

O filme  acompanha a trajetória de Matt Brody (Zac Efron, de “Vizinhos”), nadador olímpico que inicia um período como trainee para se tornar salva-vidas, sob o comando do tenente Mitch Buchannon (Dwayne Johnson, de “Velozes e Furiosos 8”). Juntamente com os outros componentes da equipe, acabam descobrindo uma organização criminosa envolvida em tráfico de drogas na baía, cuja segurança deve ser assegurada por eles.

Em relação à ideia original, há um considerável giro paradigmático: enquanto a série tinha um viés mais próximo do dramático , a versão de agora está claramente fincada no gênero “comédia de ação”. Surge então uma questão primordial: consegue ser engraçado? Às vezes. As piadas são inteligentes? Praticamente nunca. Provavelmente a de maior requinte é aquela em que Dwayne Johnson se reconhece como um “Batman maior e mais moreno”. O que prevalece é o humor genuinamente descerebrado, como várias pessoas aglomeradas na praia assistindo a um jovem sofrendo com seu pênis preso numa cadeira de praia.

 

A direção do filme ficou a cargo de Seth Gordon, responsável por “Quero Matar Meu Chefe” e “Uma Ladra Sem Limites”. A ideia mais ousada de Gordon foi filmar com uma GoPro uma cena de esporte radical no prólogo, sugerindo criatividade, o que não se confirma nos minutos seguintes (até o final). As cenas de luta não são empolgantes e o CGI é muito fajuto (a cena do barco em chamas é quase amadora). Existem easter eggs da série original, inclusive com participações especiais, mas são bem frustrantes. Provavelmente o maior acerto de Gordon foi na trilha sonora: variada e bastante presente, vai de um hip hop contemporâneo (“Burial”, “Hypnotize”, dentre outras) até clássicos como “Say You, Say Me” (Lionel Richie), “How Deep Is Your Love” (Bee Gees) e “Wouldn’t It Be Nice” (The Beach Boys)

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