Jacaré prova que no seco, anda bem nas praias do Recreio

Matérias - julho de 2017

O assunto que circulou pelas redes sociais no mês passado foi o fato de alguns jacarés aparecerem na praia da Macumba no Recreio dos Bandeirantes. Além de comentários divertidos e até de pânico de alguns moradores joga para cena uma realidade do cotidiano do morador do Recreio que está costumado a conviver com os animais nos canais e lagoas, mas até então na praia era novidade. E isso é normal, jacaré em água salgada?

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O biólogo Ricardo Freitas Filho, há mais de dez anos à frente do Instituto Jacaré de Conservação e Manejo da Fauna Silvestre, líder do projeto Jacarés Urbanos, ambos ligados à Universidade Castelo Branco, explica que com a enxurrada os canais e lagoas não comportam esse excesso e como estamos perdendo o pouco que resta da flora é natural essas áreas ficarem alagadas e com a poluição, no caso, as gigogas são o relexo desse desequilíbrio, já que só se proliferam em águas poluídas- se alimentando de esgoto.
__As águas da chuva levaram os jacarés menores também. E Porque não houve ataque? Porque estavam cansados, se não poderiam se sentir ameaçados e se defenderem do homem”, completa.
Agora, no caso do nosso famoso jacaré de papo-amarelo não é muito chegado a água salgada apesar de conviver bem com o sistema. Ele se adapta. Mas, o maior réptil do mundo é da família do jacaré e do aligátor. O seu nome é crocodilo de água salgada, que também conhecido como crocodilo marinho ou crocodilo poroso. Esse formidável animal, cujo nome cientifico é Crocodylus porosus pode medir até 7 metros de comprimento e pesas mais de 1500 kg, sendo que os machos são bem maiores do que as fêmeas. Não é o nosso caso.
O biólogo ressaltou a forma equivocada do bombeiro que apesar da boa vontade poderia ter machucado o animal:
__”O último resgate de um animal pós-enxurrada no Joá-Quebra Mar pelos bombeiros me chamou a atenção do despreparo da equipe. Certamente feriu o animal e eles mesmos poderiam ter se machucado bastante na ocasião. Eu ensino essa técnica aos meus alunos e é fácil achar esse vídeo na rede’, explica o biólogo.

 

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