Pequenas Empresas, Grandes Obstáculos

Matérias - Novos Rumos - setembro de 2017

Empreendedores levam grande parte do seu tempo avaliando novos negócios. Mas será que analisam de forma apropriada os desafios?        Frequentemente recebo perguntas quanto a determinados planejamentos, mas o que vejo? Ora hipóteses de números irreais de alto faturamento ora negligência ou descuido na apuração dos gastos potenciais. A chance de ser bem-sucedido sem uma boa análise é muito menor do que a de um resultado ruim.

É preciso o máximo cuidado para planejar uma empresa, organizando uma série de análises, como condições de compra de matérias primas, desenvolvimento de produtos, estratégia de vendas, avaliação de um bom ponto comercial a preço viável, capital de giro para manter o negócio deficitariamente pelo tempo necessário a sua maturação, contratação e treinamento de empregados de qualidade e tantos outros desafios operacionais. das, avaliação de um bom ponto comercial a preço viável, capital de giro para manter o negócio deficitariamente pelo tempo necessário a sua maturação, contratação e treinamento de empregados de qualidade e tantos outros desafios operacionais.  Costuma-se ter uma ideia geral desses riscos, mas infelizmente não é comum que os empreendedores estudem a partir de que nível de vendas a empresa dará lucro e qual a dificuldade para atingir essas vendas.  Uma vez iniciado um negócio a imensa maioria se guia apenas pelo fluxo do caixa, ou seja, olha apenas se entra mais dinheiro do que sai. Isso é perigoso. É preciso avaliar o resultado efetivo das operações.

Além disso existem os impostos. Apostando na incapacidade do pequeno empresário em criar e manter um sistema contábil que lhe informe se está obtendo lucro ou prejuízo o governo estimula o uso do ‘Simples’. Esse sistema de tributação é na essência a soma dos impostos sobre faturamento (Pis e Cofins) com os incidentes sobre o lucro (IRPJ e CSLL), presumindo que exista certo nível de lucratividade. O problema é que o ‘Simples’ tributa a empresa desde o primeiro dia, sem se importar se está obtendo lucro ou não.os impostos. Apostando na incapacidade do pequeno empresário em criar e manter um sistema contábil que lhe informe se está obtendo lucro ou prejuízo o governo estimula o uso do ‘Simples’. Esse sistema de tributação é na essência a soma dos impostos sobre faturamento (Pis e Cofins) com os incidentes sobre o lucro (IRPJ e CSLL), presumindo que exista certo nível de lucratividade. O problema é que o ‘Simples’ tributa a empresa desde o primeiro dia, sem se importar se está obtendo lucro ou não. Uma regra tributária realmente simples poderia atenuar este problema: os novos empreendedores, em especial os menores, só deveriam começar a pagar tributos sobre o lucro quando já tivessem resgatado todo o valor investido no empreendimento (pós pay back). Seria um incentivo ao empreendedorismo por meio da incidência de um imposto mais justo. Como controlar essa mecânica? tivessem resgatado todo o valor investido no empreendimento (pós pay back). Seria um incentivo ao empreendedorismo por meio da incidência de um imposto mais justo. Como controlar essa mecânica? Bem, isso é muito fácil, considerando-se o alto grau de tecnologia da Receita Federal. Basta querer respeitar esses bravos brasileiros. O Estado e sua fúria arrecadatória precisam diminuir seu tamanho e se afastar para que o empreendedor se concentre nos seus intrínsecos desafios. Impostos e juros altos assim como paralisantes regras trabalhistas são problemas criados por governos populistas e perdulários. Se não houvesse essas preocupações teríamos empreendedores mais

focados naquilo que realmente interessa numa empresa: entendimento e atendimento do mercado, monitoramento da concorrência, melhor gestão de estoques, custos e preços, aperfeiçoamento de produtos, inovação, crescendo e empregando mais pessoas. Sobraria até mais tempo e, quem sabe, recursos, para colaborar com a sociedade à sua volta, como ajudando a formar mais empreendedores nas escolas, colaborando com projetos socioambientais etc. Enfim, um empreendedor na plenitude de seu potencial e importância social.

 

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