Batidas constantes marcam rotatória

Matérias - fevereiro de 2018

Freadas bruscas e pequenos acidentes tem marcado o dia a dia de quem passa pela rotatória que liga a Baltazar da Silveira com Salvador Allende e Américas, bem em frente ao condomínio Barra Bali. Depois de receber alguns e-mails de moradores alertando para o problema decidimos passar uma hora no local enfrentando calor do Saara.
No asfalto, marcas de freadas fortes mostram que ali é perigoso, mais pela falta de educação do trânsito e velocidade elevada do que por falta de sinalização. Mesmo assim, vimos que a CET Rio instalou cones laranjas na alça que liga à Salvador Allende e pista lateral das Av das Américas evitando assim, que carros façam o contorno em duas faixas evitando possíveis colisões com quem vem da Salvador. Mesmo assim, os veículos que seguem de lá costumam entrar em velocidade alta além do recomendado. Não é à toa que o Guard Rail que protege a via dos ônibus do BRT que saem do terminal logo em frente está bem amassado. Os horários do rush e dias de praia são os mais confusos e as pequenas batidas logo aparecem. Quem deixa os condomínios Barra Bali e Cristal Lake também sofrem um bocado na alça de subida.
__”Falta gentileza ao motorista carioca. Seria simples, um passa por vez e quem vem pela rotatória tem prioridade’, argumenta um motorista de um Kia Soul que não quis se identificar para nossa reportagem e logo em seguida ao seu comentário se lançou na rotatória e quase colidiu com um caminhão.


Vale lembrar que em 2014, antes da construção do terminal Rodoviário e da própria rotatória, a prefeitura na ocasião cortou sem necessidade dezenas de árvores sem mais nem menos e ficou conhecido o episódio como o “Massacre da Serra Elétrica” , levando o biólogo Demétrio Castellan a radicalizar, amarrando-se a um dos troncos que seria derrubado, na tentativa de evitar a ação, apesar de a Construcap, empresa contratada para executar o serviço, ter afirmado na ocasião estar de posse das licenças necessárias para o trabalho.
A CET-Rio afirma que no local existe sinalização, tanto vertical como horizontal, além de linhas transversais que induzem à redução de velocidade. O órgão prevê implantação de placas educativas e reforço na sinalização vertical, bem como projeto com novas faixas de redução de velocidade desenvolvido para a implantação por parte da Secretaria de Conservação.
O vendedor de cocos que trabalha há 10 meses bem em frente a um dos prédios garante que todo dia tem batida:__” As pessoas andam com muita pressa e olhando no celular e aí, quando menos se espera, bum, bate né”, comentou achando graça da situação.


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