Vinny mistura filosofia e música em programa

Matérias - março de 2018

Ele foi na década de 90 o mais executado do ano nas rádios de todo o país. Com cara de gaúcho, fala mansa e muito atencioso, Vinicius Bonoto Conrado, paulista de Leme, de 51 anos, quase se formou em direito e psicologia, mas foi na Argentina que terminou seu curso de Filosofia. Agora, esse morador do Recreio se aventura como apresentador de TV e já está na segunda temporada do seu “Estúdio Cabeça” aonde bate papo em entrevistas com grandes cantores e músicos do cenário brasileiro. Atualmente em fase final de montagem, a segunda temporada passará ainda esse mês na grade da NET (canal 123)pelo chamado Music Box Brasil (www.boxbrazil.tv.br). O autor de “Menina, Mexe a Cadeira”, “Shake Boom” e “Uh, Tiazinha”, que acabou virando tema do seriado “As Aventuras de Tiazinha”, na Band, vivido pela atriz Suzana Alves, está adorando essa nova fase como contou ao JORNAL DO RECREIO, confira:
1) Você se imaginava apresentador?

R: Não, de maneira alguma. Esse projeto começou de uma forma super despretensiosa, só para colocar no
YouTube. O diretor do canal viu e me convidou para entrar na grade da emissora. Aí, fizemos a segunda temporada.
2) Você fez algum treinamento ?
R: A ideia era ser leve, só conversar mesmo. Adoro conversar. Não é à toa que fiz filosofia. Tinha ideia de desenvolver a filosofia aplicada à música. Acho que deu certo.

3) Teve algum convidado que tenha gostado mais? Mas sai do muro hein?
R: (risos) Hei, Mother
Fucker! Juro, rapaz! Foi uma experiência ótima fazer, adorei todos eles. Fugi da essência de perguntar coisas óbvias. Falei de arranjos, de tecnologia como o fato da Blitz gravar um vinil em plena era digital; perguntei à Jane Duboc se para ter um sucesso tem que ter bons arranjos, enfim, foi muito enriquecedor.

4) Você falou de temas controversos e até espinhosos como drogas, no caso maconha, não teve receio de ser cerceado ou censurado?

R: Olha, pelo contrário, temos mais é que tocar no assunto sempre, debater e explicar aos mais jovens opções de caminhos a seguir. Você está falando do programa com o grupo Ponto de Equilíbrio que levanta essa bandeira, né?

5)Isso mesmo.

R: Olha, você pode reparar que quase não opino, só debato e dou pitadas para que o convidado se expresse, mostre uma linha de pensamento coerente sobre o tema. Quem aceita ou não é o público.

6) E essa sacada de fazer só um programa sobre sotaques. Se falar português diferente pode atrapalhar o sucesso de um artista?

R: Para você ver… Colhendo entrevistas nas ruas, achamos pessoas que não consumiram determinados artistas por causa do sotaque. O Brasil é enorme e às vezes o cara do interior do sul não tem interesse em ouvir um artista do Pará. Não mexe com ele, mas a música , sim.

7) Teremos mais uma temporada?

R: Tomara rapaz… Gostei muito de fazer e não vejo a hora de ver essa segunda temporada ir ao ar e ouvir a repercussão do público. Gostei desse negócio, sabia! ?


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