Recreio ganha feira de orgânicos permanente em praça

Matérias - abril de 2018

O mercado mundial de agrotóxicos movimentou US$ 51,2 bilhões em 2010. E o brasileiro US$ 7,3 bilhões. Esses números assustadores tem quase duas décadas. Quem pensa em qualidade de vida e segundo nossa colunista Carolina Liberato que sempre frisa que a gente é o que a gente come que o Recreio ganha um alento e na última semana de Março passou a funcionar a ‘Primeira Feira Orgânica do Recreio’, organizado pela Abio RJ(Associação de Agricultores Biológicos do Rio de Janeiro).
A feira funcionará na Praça Restier Gonçalves todos os sábados das 7 H da manhã até às 13H com produtos frescos e essencialmente orgânicos obedecendo o controle e regras do Ministério da Agricultura.
Para quem não conhece os nomes das praças da região a explicação parece até uma brincadeirinha já que como ponto de referência quem vem pela Avenida das Américas sentido Barra passou pela Widman tem um, Posto Ipiranga. Basta entrar ali à direita na Rua Crispim Laranjeira, cruzando a Coronel João Olintho e chega na praça.
Agora, o Recreio se junta à Gávea e ao Catete nesse segmento de vida saudável sem agrotóxicos.
Para Maria Emília Melo
Coordenadora de Gestão da Informação da Abio RJ (abiorj.org) foi uma vitória:
__” Começamos de uma forma tímida a feira, mas o público abraçou a ideia e a tendência é cada vez mais com a ajuda de vocês e do boca a boca que os moradores ficarão sabendo”, comenta.
No dia em que estivemos a maioria dos feirantes, vinham da região serrana e contabilizava os lucros. Hortaliças, bananas, cogumelos e até artesanato fizeram sucesso entre o público.
Entre os expositores há de tudo. São biólogos, agrônomos e até profissionais que deixaram suas carreiras para apostarem na produção e vida saudável. É o caso da ex- desenhista industrial Jocely Sete Câmara que muito comunicativa apresentou seus potes com cremes e patês sem glúten, lactose, como caviar de berinjela sem casca;
patê de casca de berinjela aproveitando os corantes naturais, as
antocianinas, responsáveis pelas cores vermelha, azul e púrpura de uma
grande variedade de flores e frutos que apresentam propriedades
antioxidantes e antidegenerativas.
Ao lado dela, estava o simpático Pedro Roberto Cruzeiro que deixou a Petrobrás e que com a ajuda

 

da esposa e filhos expõe seus potes e artesanato com madeiras exóticas e plantas para enfeites e decoração. Com preços variando entre R$ 25 e R$ 120 Pedro nem sente saudades do tempo em que trabalhava com engenharia civil. Formado pela Unicamp o agora aposentado Pedro mora em Teresópolis onde produz sua arte para junto com os filhos desfilar pelas feiras orgânicas do Rio. Nas madeiras, destaque para pinha de riga, mogno e jatobá.


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