A Cefaleia que preocupa..

Matérias - Qualidade de Vida - julho de 2018

Cefaléia é o termo médico que define a corriqueira “dor de cabeça”. É a queixa neurológica mais frequente nos consultórios, acometendo mais as mulheres, e cerca de 3% da população mundial apresenta cefaléia por mais de 15 dias/mês.
Existem vários tipos de dor de cabeça, que podem ser amplamente classificadas como Cefaléias primárias (enxaqueca, cefaléia tensional, cefaléia trigeminal) ou como Cefaléias secundárias (Consequentes a doenças sistêmicas ou intracranianas). O abuso de analgésicos e o uso de múltiplas medicações (anti-hipertensivos, antidepressivos) também podem estar associados a cefaléia persistentes.
As cefaléias que respondem a analgésicos comuns, de curta duração, aquelas do tipo “tensional”, raramente são provocadas por patologias que representam gravidade. A maioria das cefaléias, ainda que extremamente dolorosas, não oferecem risco de vida.
Qual é então o tipo de dor que devemos nos preocupar?
Toda cefaléia de instalação súbita, de forte intensidade, descrita como “a pior cefaleia da vida” que leva, a sobretudo, a perda de consciência, associado a náuseas e vômitos, rigidez de nuca, deve obrigatoriamente ser investigada, pois pode estar associada a ruptura de aneurisma cerebral ou ao seu crescimento, merecendo rápida investigação, pois oferecem risco à vida.
A ocorrência diária de dor de cabeça, pior pela manhã, associada também a náuseas, vômitos, perda de força em um dos membros ou sensação de “dormência” no braço ou na perna, pode estar associada a presença de lesões de massa (tumores, cistos, hematomas).
A mudança no padrão de uma dor pré-existente, tornando-se mais intensa, persistente, diária, também merece atenção.

A presença dos sintomas de cefaléia intensa, persistente, associado a quadro febril e rigidez de nuca, sobretudo com alteração do nível de consciência, devem fortemente levar a suspeita de quadro de meningoencefalite, devendo o indivíduo buscar atendimento emergencial.
os traumatismos na cabeça, sobretudo em idosos, mesmo que de leve intensidade, devem ser acompanhados e monitorados quanto a evolução da dor e ao surgimento de sintomas como: confusão mental, dificuldade em falar, perda de força no braço e/ou na perna.
Em todos esses casos, o indivíduo deve prontamente buscar atendimento em unidade de emergência ou entrar em contato com seu neurocirurgião.


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