Driblando a crise vendendo bolsas de luxo na rede

Matérias - julho de 2018

Mesmo em tempos de retomada na economia, salários baixos e crise política, existe um segmento, que se adapta e continua crescendo, o mercado de luxo. E ainda mais no segmento feminino, público mais exigente. Cristiana Valente, 43 anos, trabalha numa concessionária de energia e adora bolsas. E segunda ela, as mulheres enjoam dos seus ‘mimos” que acabam pendurados em algum canto da casa sem utilidade. Como eram de marcas famosas tentou vendê-las nas redes sociais. Deu certo. Amigas pediram para fazer o mesmo e agora virou um ‘hobby’ rentável que já a faz rever seus conceitos e pensar em algo maior no futuro próximo. Hoje, Valente possui um perfil no instagram @Breshow_deluxe que possui mais de duas dúzias de itens entre bolsas e sapatos seminovos das marcas mais famosas do mundo fashion. Tem bolsas das francesas Louis Vuitton Gucci, Yves Saint Laurent, Hermès, a venezuelana e radicada nos Estados Unidos, Carolina Herrera; as italianas Dolce & Gabana, Moschino e da estilista americana que fez a cabeça das atrizes de Hollywood recentemente, Kate Spade.


Esses ítens numa loja podem alcançar três dígitos facilmente. A bolsa ao lado,da marca Hermès, acredite, custa R$ 47 mil, o mesmo valor de um carro popular zero completo. Mas existem itens de R$ 1,5 mil como um par de sapatos do estilista CHRISTIAN LOUBOUTIN, famoso por ter as solas na cor vermelha e desejo de dez entre dez celebridades. Um exemplar desse pode chegar numa loja em Paris a cerca de R$ 10mil. No site tem foto desse e mais outras bolsas do estoque de Cristiana.
Mas nem tudo é tão caro e existe opções para outros tipos de desejo e de bolso. Uma bolsa Kate Spade seminova pode sair a singelos R$550, valor anunciado no instagram da Cristiana que é formada em marketing e mestrado na área. Kate Spade viu sua marca disparar no gosto das celebridades e vendeu para um gigante da moda na década passada. Foi encontrada morta há dois meses em Nova York. Mas suas bolsas continuam em alta.


Entre sapatos, bolsas, e acessórios, tudo é deixado em consignação.
Cristiana descobriu que as proprietárias não vendem para amigas por pura vergonha, para não se exporem e é aí que ela entra. Como elas não aparecem ninguém fica sabendo o dono e o produto que já foi o mais desejado para outras segue sua vida de utensílio, virando ‘mimo’ de outra. Cristiana tem clientes do Brasil todo, com destaque para Florianópolis, Bahia, São Paulo e Fortaleza. E a Cristiana não fica com nenhuma?
__” Por mim, usaria todas. Fico namorando uma a uma, mas não posso comprá-las”, brinca.

 


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