Não dá para perder essa missão

Matérias - O que rola por aí? - julho de 2018

Para início de conversa, a velha marca da série, quando uma cena já mostra o que vem no próximo filme está de volta  e  o diretor-roteirista praticamente deixa assinado o que virá adiante. A sexta missão dirigida maravilhosamente por McQuarrie, que utiliza aqui, talvez, a trilha sonora mais intensa de toda franquia executada por Lorne Balfe , nos liga quase que diretamente ao filme anterior, ‘Nação Secreta‘, também de McQuarrie. O mesmo vilão Somolon Lane dá as caras novamente, exibindo agora o plutônio pronto para dizimar três cidades. Ilsa Faust (Rebecca Ferguson) retorna justificando sua presença em querer Lane, e duas novas e interessantes inserções (Angela Basset e Vanessa Kirby) completam um elenco que, como sempre, dá ainda mais reforço ao protagonista.

 

Dignas de aplausos em pé, as cenas de ação nos deixam sem respirar! Há praticamente quatro momentos de tirar o fôlego: um plano-sequencia em queda livre por um céu cheio de trovões logo no começo (que é de arrepiar), uma luta a três dentro de um banheiro (surreal) – lembrando quase o que Mel Gibson e Danny Glover passaram com Jet Li ao final de Máquina Mortífera 4 (1998), o resgate e a fuga por Paris (de um domínio de direção espetacular) e, claro, a sequência na beira de um penhasco depois de uma perseguição de helicópteros à la Top Gun . Tudo isso, com direito a um reencontro final pra lá de emocionante!

E por falar em Cruise, ele continua sendo a alma dessa série. Dono de uma simpatia infinita, o ator nos ganha já mostrando uma humanidade que há muito não vemos nos heróis modernos do cinema. Basta lembrarmos no que transformaram John McClane (Bruce Willis) nos últimos ‘Duro de Matar‘, para entendermos que o medo de errar ou cometer falhas é um adendo sempre positivo ao caráter do herói, e nunca o contrário. Perceber que o mocinho sangra, se arrebenta, enfrenta vilões mais vantajosos que ele, e coloca em risco às vezes milhões para proteger uma vida indefesa que também não merece a morte, é o maior dos heroísmos. Hunt jamais vai atirar inconsequentemente em alguém. Hunt não pensa em deixar uma mulher na rua baleada sem ajuda. Ele sequer apontará uma arma para um inocente.

Ethan Hunt é a personificação – ainda que dentro de todas as pirotecnias dos blockbusters – de um herói responsável e humano. E o bacana do roteiro de McQuarrie (que já deixa claro ser o melhor diretor a trabalhar com Cruise) é entender esse perfil do herói-protagonista. Afinal, Hunt pode ser até um super espião que pilota motos, carros, helicópteros e invade qualquer sistema de segurança… mas ele também discute com seus superiores, é tachado como rebelde para alguns, traído por outros, mas sempre estará pronto para defender quem ele ama. Hunt é a verdadeira síntese do “nunca deixar alguém pra trás”, mesmo que o mundo fique em risco por isso. Até porque um membro de sua equipe é acima de tudo um ente de sua família; e ver que essa personalidade admirável do herói foi preservada em todos os filmes de Missão Impossível, é o que me deixa ainda mais feliz por uma franquia que respeita de verdade o sentimento do fã.

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