Revoada de pardais nas Américas

Matérias - agosto de 2018

O contrato acabou. Pelo menos é dessa forma que a CET-Rio disse que até o fim de Agosto todos os equipamentos da emprese Perkons seriam retirados após fim do contrato com a Prefeitura.
Percorremos o trecho entre o Barra shopping e o Américas Shopping, num percurso de cerca de 15 quilômetros e praticamente só restaram fios pendurados e postes vazios sem os radares.
Em matérias anteriores aqui mesmo do JORNAL DO RECREIO tínhamos apontado que das 10 vias mais perigosas na cidade, cinco estavam em nossa região e as campeãs de acidentes eram a Avenida das Américas e Ayrton Senna , com o terceiro lugar ficando para a Lúcio Costa, principalmente, no trecho da Praia da Reserva.
No ano passado, segundo dados do Corpo de Bombeiros foram registrados 218 acidentes, que daria uma média de 18 atendimentos por mês. Para efeitos de comparação, a Avenida Brasil, a grande recordista, tem 639 acidentes envolvendo veículos, só que a Brasil tem mais do que o dobro de tamanho em extensão, com cerca de 60 quilômetros em toda a sua totalidade, cruzando vários municípios.


A presidente da CET -Rio e secretária municipal de Transportes, Virgínia Salermo, disse em entrevista ao repórter de O Globo, Pedro Zuazo, que colocaria nos sinais guardas municipais e agentes de trânsito enquanto não seria feita a reposição do reguladores de sinal e velocidade:
__” Estamos dependendo do INMETRO para aferição dos equipamentos e isso requer tempo”, explicou.
Nesse trecho de 15 quilômetros em que estivemos na via não verificamos nenhum agente, nenhum guarda. Aliás, guarda municipal não vemos há um certo tempo na região nem em dias de praia cheia.
Muitos moradores nem perceberam a retirada do equipamento, como Rogério Gonçalves que estava nos acompanhando  no momento das fotos:
__ Nem percebi que foram retirados. Agora você vê(sic) eu tenho um monte de pontos na carteira por ter passado naquele pardal do Ribalta que além de ser fiscal de sinal era de velocidade também. Agora que ele é retirado deveriam tirar a minha punição, não acha?”, finaliza o morador.
O presidente da ONG Trânsito Amigo, engenheiro Fernando Diniz completa:
__” Não tenha dúvida que o número de feridos e mortos vai aumentar. Não sei onde o poder público quer chegar. Para mim não pode haver ausência de recursos quando se fala em vida”.


Publicidade